Wednesday, November 28, 2007

Ele é L.A. Galaxy e tem uma nêga chamada Victoria

David Beckham, o cara que fatura US$ 1 milhão por semana (sem contar a grana dos patrocinadores) e tem muito mais nome do que realmente joga, esteve na Austrália no início desta semana para diversos compromissos publicitários, festas, visitas filantrópicas, chás da cinco e até para uma partidinha (nada) amistosa de futebol contra o Sydney FC, a potência local.




O jogo aconteceu na terça-feira, no Telstra Stadium, que outrora já foi chamado de Estádio Olímpico. Beckham arrastou mais de 80 mil pessoas para acompanhar uma partida com 8 gols, muita pancada, inúmeros cartões amarelos, um vermelho, dois frangos antológicos e pouquíssimo futebol.

A estrela da partida, claro, foi o dono da festa, que marcou um golaço de falta bem ao seu estilo. Mas o melhor em campo foi o nosso Juninho Paulista, que deu 3 incríveis assistências (2 resultaram em gols), tomou o pontapé mais desleal dos últimos tempos em gramados australianos, partiu pra briga com o agressor, saiu no intervalo e ainda, no término da partida, ganhou a tão disputada jaqueta 23 do pop star inglês.



Mas, claro, nenhum dos dois se comparam ao glorioso goleiro do Galaxy, Joe Cannon, que tomou dois peruzaços, e das inúmeras entradas violentas de ambos os times, dos empurrões pré-brigas, das enérgicas intervenções da turma do “deixa-disso”, dos cartões amarelos (incluindo para o Beckham por ter devolvido uma porrada) e do vermelho para o tal de Kevin Harmes, que na primeira etapa tentou quebrar o Juninho e na segunda pisou no braço de um jogador que estava caído no chão. Muy amistoso!

No mais, 5 a 3 pro Sydney, no jogo que marcou a estréia do holandês Rudd Gullit como técnico do time norte-americano. Esse vai ter trabalho!

Tuesday, November 13, 2007

Havies Hurricanes 3 x 0 Spartans


Time entra em campo visivelmente rachado. Aussies no gramado, brasileiros atrás.

Se em todo jogo de futebol existe o fator extra-campo, no de ontem ele atendeu pelo nome de Murphy. Aquele mesmo da Lei, uma vez que com o plério marcado para às 19h30, chuvas torrenciais começaram a cair às 19h17; e tendo quatro campos para a prática do nobre esporte bretão, o time que fomos cobrir foi jogar justamente no mais distante, o da diagonal, sendo que iríamos filmar.

Sim, eu e o Alê, jornalisticamente, fomos cobrir o Havies Hurricanes, agremiação recém-fundada em Minto formada por engenheiros, diplomatas e embaixadores brasileiros e australianos que vendem Havaianas. Apesar da boa convivência entre os dois países, o que se viu durante a semana que antecedeu à estreia foi um elenco rachado, com aussies de um lado e brasileiros do outro, o que acabou resultando num terceiro grupo (ou panela, igrejinha, como preferirem), de origem nipo-brasileira.


Nipo-brasileiro respirando fundo pra não entrar em discussão com grupo brasileiro.

Pra piorar, o técnico, que ainda não fora contratado, foi derrubado, e o interno, Professor Bernardo Joelzinho Santana, em virtude da chuva torrencial e da escolha do campo da diagonal, não pôde comandar o elenco, já que responsável que é, optou por ficar no coberto e não tomar chuva pois trabalharia cedo no dia seguinte e não queria ficar resfriado.


Time conversa antes da partida enquanto o fantasma de Jarbas faz aquecimento.

O time que sabe Deus quem mandou ao campo 4 do Hensley Athletic Field, o popular “Botanão”, iniciou com Marcos Supertramp Into The Wild no gol, Gotardo Xerife na zaga, Twin Towers entre a zaga e a cabeça de área, já que são dois australianos que de longe e na chuva parecem um só, Tiago El Pibe de Oro de Maroubra na ala direita, e Poggy o Robinho Branco de Randwick também na ala direita (coisa do Joelzinho Santana). No banco: DJ Fabeta Herchcovitch, que desenhou o uniforme inspirado na Austrália e acabou homenageando o XV de Jaú, Diogo Princeso, o craque que todo adversário quer tirar uma casquinha, e Paul Ducha Corona Aquero, a versão banheira da fusão entre Aguero + Aqueo = Aquero.

O adversário foi o Spartans, que pelo futebol apresentado poderia muito bem representar a Grécia no Commenwealth Games, já que os gregos não participam do Commenwealth Games e no Commenwealth Games não tem futebol.

Após a execução do hino de New South Wales, o juiz, calçando um belo par de Havaianas, deu início ao jogo. Os 2 primeiros minutos foram sofríveis, já que a chuva estava forte e os Hurricanes totalmente tortos para a direita, uma vez que El Pibe de Maroubra e Robinho Branco de Randwick caiam pelo setor.

Uma das Twin Towers, que por sinal é o capitão, percebeu que algo estava errado e pediu para ser substituído, dando lugar para o Princeso, que também caiu pela direita. Em seu primeiro lance, após jogada embolada pela direita, Prin deu uma bela enfiada (no bon sentido, é claro) para Tiago, que recebeu na direita e tocou para Poggy, também na direita, que bateu no canto direito do guarda-metas adversário. O goleiro espalmou para a direita e a bola ainda tocou no poste direito antes de sair para escanteio.

A partir daí o time passou a sufocar os espartanos, deixando somente Xerife na zaga. A cada minuto os Hurricanes faziam uma nova substituição, já que a preparação para o jogo na semana passada incluiu Bungabar na terça, Beach Road na quarta, Hugo’s na quinta, The Eastern na sexta, churrasco no sábado (seguido de Orient) e mais Beach Road no domingo. A rotatividade em campo deu certo, pois o adversário não sabia quem marcar e os jogadores não tinham muito tempo para fazer cagada.

Com Tiago, o nome do primeiro tempo, voando pela direita, Diogo princesando pelo mesmo setor e DJ organizando a meia cancha, os Hurricanes abriram o placar com o Pibe de Ouro de Maroubra. Com o marcador a favor e a chuva insistindo, Joelzinho colocou Paul para jogar na banheira e meteu o time na retranca.

Se o gol fosse 7 metros mais alto, o primeiro tempo teria terminado 6 a 1 para o adversário, mas como não é, Supertramp fechou tudo lá traz, teve muito trabalho para buscar a bola no brejo que se formou nos arredores do Botanão e a primeira etapa terminou em um justo 1 a 0.

O segundo tempo foi ainda melhor. Logo no início, um dos espartanos foi expulso por ofender a mãe do árbitro, o que facilitou demais a vida dos Hurricanes. Na sequência, Robinho de Randwick deveria ter sido expulso por entrada violenta, mas o juizão, no alto de suas Havaianas novinhas, fez vista grossa e só mostrou um amarelinho. Geraldo Marinbondo foi visto com o árbitro em um pub antes do jogo.

Dominando totalmente a partida (71.6% de posse de bola, segundo o DataPablitoAustralia), o genérico do XV de Jaú foi pra cima, pressionou e chegou ao segundo gol em cobrança de falta de Paul, que desviou em Poggy. Diogo só teve o trabalho de escorar para a rede. Como é um menino humilde, em vez de correr para o abraço, Diogo, que com a jaqueta 2 parecia o Zé Teodoro, correu para a mesa do terceiro árbitro e pediu para dividir o tento com o amigo Paul. Assim, cada um ficou com meio gol.




O time continuou senhor da partida, Supertramp estava um leão em campo, com juba e tudo, Xerife um verdadeiro Gotardo, Twin Towers enganando os adversários, DJ distribuindo o jogo, a ala direita permanentemente com mínimo de três atletas e Paul na frente a procura de mais meio gol e um sabonete. E foi numa troca de bola que lembrou os bons tempos de Muller, Silas, Pita, Careca e Sydney...

ENTE
ENTER
ENTER

(desculpem, não aguentei a emoção da lembrança)

... que os Hurricanes, os Menudos de Minto, deram números finais ao plério, com Poggy, o craque Dupé do jogo, escorando e fazendo 3 a 0. Que venha o Cruzeiro, o melhor time da 1ª rodada da 2ª ½ Divisão do Soccer 6.