Ontem, domingão, daqueles esquisitos com tempo seco e nublado, senti que merecia um vinho. Não pelas condições climáticas, mas por ser véspera de um dia extremamente importante: o Dia do Fico.
Sim! Sou uma espécie de Dom Pedro I versão Oceano Pacífico ou Mar da Tasmânia. Se em 9 de janeiro de 1822 nosso então príncipe regente proferiu: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico". Hoje, quase 186 anos depois, chegou a minha vez. Através da Ozzy Study Brazil, personificado na figura do meu grande amigo Lecão (ao lado da minha irmã, o cara que mais me ajuda na Austrália), me matriculei numa nova escola e apliquei para um novo visto. E isso significa que se o Departamento de Imigração recarimbar o meu passaporte, ficarei por aqui pelos próximos dois anos. E claro, para comemorar, nada melhor do que uma botejinha.
Aqui tem muito vinho barato, o que é um perigo, não só pelo fácil acesso, mas por ter muita bomba no mercado. Em contrapartida, é sempre um prazer descobrir botejas honestíssimas a $ 10. E foi o caso deste Cabernet Sauvignon 2006 que escolhi para festejar o Dia do Fico. Com apenas 10 doletas no bolso e não querendo errar, optei por um produtor conhecido, o nosso glorioso Yalumba, a família de vinhateiros mais antiga da Austrália. Eles começaram há mais de 150 anos em South Australia e hoje estão espalhados por diversos Estados e regiões.
The Y Series é uma das linhas mais básicas da Yalumba (tremendo nome, não?). Como o vinho é muito jovem, 2006, ele ainda está um pouco fechado no nariz, mas é fácil identificar frutas como ameixa e algo de serragem. Conforme evolui no copo, o aroma das frutas fica mais intenso e a serragem dá lugar a um delicioso aroma de baunilha. Na boca acontece o mesmo, aparecendo uma menta que dá aquela famosa ardidinha do Cabernet Sauvignon na ponta da língua. O vinho tem corpo médio e boa acidez em perfeito equilíbrio com os taninos, que já deram uma amaciada.
Até 2011 o vinho ficará cada vez melhor, como pude ver no 2005 que abri a poucos minutos para celebrar oficialmente a proclamação do Dia do Fico. Ele está com os aromas mais acentuados, mais redondinho e em algumas horinhas vai ter que aguentar um carneirinho assado. Talvez seja muito pra ele!
Nem de longe tenho a pretensão de entender de vinho tanto quanto você, mas se estamos falando de australianos baratos, experimente o Bear Crossing.
ReplyDeleteGrande Pablo, ou devo chama-lo Publa?!.. Pêiblo?!... Pub?!... Frábulo é d+.
ReplyDeletePablo, me ajude a entender uma coisa; Que tipo de bordel joga fora sandálias e pratos ao mesmo tempo?!...
Se algum dia eu montar um "Pub" adotarei a "quebra de prato e jogar sandália" como diferencial (tem gente que joga tênis).
Teria 3 tipos de pratos:
- De Barro: Baratinho, para ser quebrado em larga escala. Quebra só com o pensamento (Os pensamenters fariam a festa).
- De Vidro: Baratinho também mas nem tanto. Para ser quebrado por patricinhas e maurucinhos que não põem a mão no barro.
- De Porcelana: Caro. Para ser quebrado pelos descendentes da burguesia renascentista.
Tu não acha que iria virar?
(Aliás, a Cinderela da sandália, deve ter 1,80m e um pomo-de-adão avantajado).
Seu blog; O blog está ótimo, parabéns.
Saludos,
Geraldo (Joe Cannon) Collaziol
Papito, quer dizer que além do Lecão não voltar, tá ajudando vc a ficar aí tb? Sacanagem, hein?
ReplyDeleteTô torcendo pro novo visto sair.
Beijo grande e cuida do meu brother.
By the way, genial seu blog.
Pablo, adorei seu blog novo! Assim como o outro, tem textos fantásticos! Bom, me visite de vez em quando tb. Confesso que o meu não é tão bom quanto o seu, mas me divirto um pouquinho! Hehehehe..
ReplyDeleteBeijos,
Carol
(www.emterradetimtam.blogspot.com)