Esta semana, duas histórias envolvendo australianas repercutiram na mídia. Uma passou por um pesadelo que acabou em final feliz; a outra viveu um conto de fadas que, por se tratar de um casamento, tem 50.2% de chances de ter um final feliz.
Na estréia mundial do filme “Anjos e Demônios”, um ilustre casal de desconhecidos chamou a atenção no tapete vermelho. Eles não eram figurantes, fãs, muito menos aspones, e sim, convidados de honra do ator Tom Hanks. Por que?
Todo casamento é marcado com meses de antecedência. O de Natalia Dearnley, australiana de Melbourne, não foi diferente. Vivendo no Reino Unido com o noivo, eles decidiram selar o sagrado matrimônio no mundialmente famoso Panteão de Roma, em 9 de junho do ano passado.
Acontece que na hora do casório, enquanto o noivo aguardava a australiana no altar, as ruas e acessos nos arredores do Panteão foram fechados por conta das gravações do filme. Resultado: a noiva, que já estava atrasadona, não tinha como chegar.
Percebendo a situação, o ator Tom Hanks gritou um sonoro “corta” e, no melhor estilo Robert Langdon fugindo da polícia francesa, correu até a limosine. Ele pegou a noiva pelo braço, abriu caminho no set e a conduziu com o pai, que gentilmente o convidou para participar da cerimônia.
Tom Hanks, sabendo que não podia parar as gravações de um projeto de 200 milhões dólares, recusou. Mas ao término, conversou com os noivos e os convidou para a estréia mundial que ocorreu nesta semana, ocasião em que os pombos anunciaram a gravidez de Natalia. Aposto 200 milhões dólares que se for menino chamará Tom, Hanks, Robert Langdon ou Wilson.
Já o pesadelo aconteceu um pouco mais perto, na Tailândia, com uma australiana também de Melbourne. Annice Smoel, 34 anos, mãe de 4 pimpolhas – nenhuma chamada Tom – estava comemorando os 60 anos da mãe em um bar australiano em Phuket (sem trocadilhos, é o nome do local), quando dois policiais à paisana revistaram a bolsa dela e acharam um
mat (espécie de descanso pra copos).
Smoel foi levada para a delagacia e autuada por furto e desacato. Uma das amigas jura que foi ela quem colocou o
mat na bolsa, mas eles não quiseram saber. Annice Smoel teve o passaporte confiscado, foi em cana, teria que aguardar de 3 a 4 meses até o julgamento e poderia pegar até 5 anos de prisão.
O caso, claro, causou grande comoção por aqui, principalmente após apelo das filhas, que pediram ajuda até ao primeiro-ministro Kevin Rudd (neste curto período um delas sofreu uma operação de emergência e outra completou 11 anos). Ele prometeu não medir esforços para libertá-la e trazê-la de volta.
Coincidência ou não, após muita pressão dos ministros tailandeses ligados ao turismo e relações internacionais, Wichai Praisa-nob, governador de Phuket (novamente sem trocadilho), foi pessoalmente até a corte e pagou a multa de 1000 baht (AUD38). Mas antes, fez ela se declarar culpada (caso contrário, teria que permanecer na Tailândia para se defender).
Agora a pouco, Annice Smoel e o marido desembarcaram em Melbourne, onde reencontram as filhas, a irmã e o cunhado, que estavam cuidando das meninas. Final mais do que feliz para uma viagem de 18 dias que se tornou um pesadelo de 4 noites na prisão. Mas a dúvida que não quer se calar, é:
Afinal, ela trouxe ou não o mat para a Austrália?