
Era final de tarde de uma terça-feira, 18 de dezembro, quando uma fonte vitoriana (muito comum aqui) me relevou que ele estaria por estas bandas para um rápido reconhecimento do terreno. Afinal, estamos às vésperas do grande dia.
Com uma máquina na mão e um gorro natalino na cabeça (Cinema Novo em estado bruto), fui para o local onde o mais famoso filho da Lapônia supostamente estaria. E ao chegar lá, para minha surpresa descobri que a bela fonte vitoriana é, na verdade, uma grande fofoqueira, já que centenas (talvez milhares) de pessoas também o esperavam.
Embuído do meu dever jornalístico, fiz das tripas coração para tentar conseguir alguma imagem. Mas não foi fácil. Tive que passar por mal encarados seguranças kiwis, serelepes crianças ávidas para entregar a lista de presentes em mãos, pais e mães consumindo quantidades homéricas de vinho e cerveja, além da guarda pessoal do Santa, formada por renas eunucas no cio.
Assim que passei por todos estes obstáculos e me aproximei, notei que o bom velhinho (good little old man por aqui) de maneira alguma queria ser fotografado. Pior! Quando me viu, nosso tricolor do Pólo Norte - no melhor estilo celebridade de saco cheio (sem trocadilhos) - virou o rosto e tentou se esconder atrás da janela do Papai Noel Móvel (o trenó só funciona na “noite mágica”). Mas com a astúcia de um Chaves (o do México, não o da Venezuela), a velocidade de um Mário Tilico e o senso de oportunismo de um Romário, consegui, contra tudo e contra todos, este impressionante furo fotojornalístico. Vocês reconhecem a mãozinha?
Feliz Natal a todos, Merry Christmas e Feliz Navidad!!!